Regulamentação da IA na União Europeia pode afetar o Brasil?

23/07/2024

A ascensão da inteligência artificial (IA) ao redor do mundo tem sido uma das transformações mais significativas e rápidas da era moderna. De avanços em processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina a inovações em robótica e automação, a IA está remodelando indústrias, economias e a própria sociedade. Tecnologias que antes eram consideradas futurísticas, como carros autônomos, assistentes virtuais e diagnósticos médicos assistidos por IA, agora são uma realidade.

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No entanto, juntamente com esses avanços impressionantes, surgem desafios complexos e significativos. Um dos principais desafios é estabelecer parâmetros éticos e regulamentares que assegurem o uso positivo e seguro da IA, como a Regulamentação da IA.

Regulamentação da IA aprovada na União Europeia

A nova regulamentação sobre Inteligência Artificial (IA) aprovada pela União Europeia é conhecida como a Lei de IA (AI Act). Esta legislação, pioneira em seu campo, visa criar um conjunto abrangente de regras para o desenvolvimento, implementação e uso de sistemas de IA, com foco na segurança, transparência e direitos fundamentais dos cidadãos.

Aprovação e entrada em vigor – A Lei de IA foi aprovada pelo Parlamento Europeu em 14 de junho de 2023. Espera-se que a Lei de IA entre em vigor em 2024, com um período de transição que permitirá às empresas e organizações se adaptarem às novas exigências regulatórias. Este período de transição é geralmente de dois anos, o que significa que a aplicação plena das regras deve começar por volta de 2026.

A Lei de Regulamentação da IA impacta um vasto leque de atores, incluindo:

  • Desenvolvedores e provedores de IA
  • Setores específicos
  • Consumidores e usuários
  • Reguladores e autoridades nacionais

Entre as principais disposições da Lei de IA estão:

  • Proibição de IA de risco inaceitável
  • Requisitos para IA de alto risco
  • Transparência e divulgação
  • Governança e supervisão

Principais pontos da regulamentação da IA

A Lei de Inteligência Artificial (AI Act) da União Europeia estabelece um quadro regulatório abrangente que categoriza os sistemas de IA em diferentes grupos de risco, além de estabelecer requisitos específicos para cada categoria.

A Lei de IA classifica os sistemas de IA em quatro categorias de risco, cada uma com requisitos e restrições específicas:

Risco inaceitável: Sistemas de IA que representam uma ameaça clara à segurança, direitos fundamentais e valores da União Europeia são proibidos. 

Risco alto: Sistemas de IA que podem impactar significativamente os direitos fundamentais e a segurança dos indivíduos. 

Risco limitado: Sistemas de IA que apresentam um risco moderado, mas que ainda requerem algumas medidas de transparência. 

Risco mínimo ou nulo: Sistemas de IA que apresentam um risco baixo ou nulo, como filtros de spam e jogos. Esses sistemas estão sujeitos a poucas ou nenhuma obrigação específica.

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A regulamentação enfatiza a importância da transparência em todos os níveis:

Identificação de IA: Os usuários devem ser informados quando estão interagindo com um sistema de IA.

Explicabilidade: Fornecimento de explicações claras sobre como e por que uma decisão automatizada foi tomada, permitindo aos usuários compreender e, se necessário, contestar tais decisões.

A Lei de IA também estabelece mecanismos para garantir a supervisão eficaz e a implementação harmonizada da regulamentação.

Como essas regras podem impactar outros países?

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A implementação da Lei de Inteligência Artificial (AI Act) pela União Europeia tem o potencial de influenciar significativamente outros países, incluindo o Brasil, da mesma forma que a Regulamentação Geral de Proteção de Dados (GDPR) da UE influenciou a criação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. Esse tipo de regulamentação pode impactar outros países em várias frentes:

Efeito extraterritorial e pressão internacional – Na AI Act qualquer empresa, independentemente de sua localização, que ofereça produtos ou serviços na União Europeia ou monitore o comportamento de indivíduos dentro da UE, deverá cumprir os requisitos da AI Act.

Influência na legislação nacional – A GDPR Europeia teve um impacto significativo na formulação da LGPD no Brasil, que entrou em vigor em 2020 e que adotou muitos dos princípios e estruturas da GDPR. Da mesma forma, a AI Act pode servir como um modelo para a criação de regulamentações de IA em outros países. 

Adoção de padrões internacionais – Com a UE estabelecendo um padrão rigoroso para o uso de IA, outras nações podem adotar esses mesmos padrões para manter a competitividade global e evitar barreiras comerciais. A padronização pode facilitar a interoperabilidade e a cooperação internacional em IA, promovendo um ambiente mais seguro e confiável para o desenvolvimento e uso dessa tecnologia.

Impacto no setor empresarial e de tecnologia – Empresas em países como o Brasil que desejam fazer negócios na UE precisarão ajustar seus sistemas de IA para cumprir com a AI Act. Isso pode levar a um aumento na demanda por profissionais qualificados em conformidade regulatória e por tecnologias que garantam a transparência e a segurança dos sistemas de IA. 

Proteção dos direitos dos cidadãos – A AI Act pode inspirar países a implementarem regulamentações que protegem melhor os direitos dos cidadãos em relação ao uso de IA, de forma similar ao que aconteceu com a GDPR.

Por que é importante se pensar na regulamentação da IA 

Pensar na regulamentação da inteligência artificial (IA) o mais cedo possível é crucial para garantir que essa tecnologia seja desenvolvida e utilizada de maneira segura, ética e benéfica para a sociedade. A ausência de normas claras pode levar a uma série de impactos negativos, como violações de privacidade, discriminação, e até mesmo riscos à segurança pública. Entenda os impactos positivos da regulamentação da IA e os negativos decorrentes de sua falta a seguir:

  • Privacidade
  • Liberdade de expressão
  • Discriminação algorítmica
  • Segurança cibernética
  • Explicabilidade
  • Responsabilidade

Impactos negativos da falta de regulamentação

  • Violação da privacidade
  • Erros em decisões críticas
  • Riscos à segurança pública
  • Falta de responsabilidade

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